Quando falamos de negócios, inovação aparece como o principal objetivo. E independente de qual nível ele esteja, fazer mais com menos, inovar e se reinventar é extremamente relevante para o sucesso empresarial. Nesse cenário, diversas ferramentas e estratégias lutam para ganhar um espaço nas novas organizações. Mas uma delas, apesar de ter conseguido a passos lentos, alcançou notoriedade e se tornou grande referencia quando este é o assunto. Estamos falando do Design Thinking, a ferramenta da inovação.

Muitos anos escondida e desprestigiada entre milhares de estratégias empresariais, o Design thinking assume a dianteira quando falamos de inovação e resolução de problemas complexos. Sendo usada em empresas renomadas e globais como também em pequenos negócios. O Sucesso atual à coloca como uma ferramenta referência para sistematizar a criatividade em empresas que pensam na inovação e enxergam as dores do consumidor como objetivo de resolução.

Mas afinal, o que é o DESIGN THINKING?

Design thinking é uma abordagem para resolver problemas e ajudar pessoas e organizações a serem inovadoras e criativas. Para entender essa ferramenta, é preciso relacionar o design thinking ao fato de como hoje, as pessoas pensam e resolvem problemas.

As 2 formas de pensar: Convergindo e Divergindo

Passamos a maior parte do tempo em experiências educacionais sendo ensinado a pensar convergindo. Ou seja, elaborar soluções a partir dos conhecimentos, raciocínios e experiências adquiridas. Pensando sempre em uma “melhor opção” entre diversas outras opções e as executando.

O que o design thinking ensina, de forma geral, é pensar divergindo, isso é, criando respostas a partir da intuição, questionando praticas comuns e oferecendo algo original na solução. Criando então novas opções que talvez ainda não existam ou sejam de outro segmento. Fazendo a partir disso a aplicação dessas no negócio.

Infelizmente, nós não gastamos tempo suficiente quanto poderíamos na nossa organização pensando de forma divergente. Passamos fazendo o oposto.com muito do nosso tempo pensando analiticamente, pegando problemas específicos ou um pedaço dele e tentando solucionar. E quando resolvemos apenas o especificado/ou parte do problema, temos sorte se também resolvermos o todo.

Design thinking é sobre pensar de forma integrada. É a habilidade de ter varias variáveis de um problema na cabeça e usa-las para solucionar todo o problema. Então, essa ferramenta trabalha com as necessidades das pessoas e o que podemos projetar para resolvê-la, colocando as no centro da discussão e resolução do caso.

Tim Brown, CEO da IDEO, empresa de Design e consultoria em inovação, definiu design thinking como:

“Uma abordagem que utiliza a amplitude de pensamento do designer e métodos para resolução de problemas, para atender às necessidades das pessoas de um modo tecnologicamente viável e comercialmente viável. Em outras palavras, o pensamento centrado no ser humano é a inovação”.

Os três pilares do Design Thinking

A proposta do Design Thinking é apresentada a partir de três pilares essenciais. Eles são usados de forma a conduzir o processo do design até o produto final, que é a resolução de um problema ou inovação de um setor ou companhia.

Imersão

O primeiro e principal pilar do Design Thinking é a Imersão, também conhecido como empatia e inspiração. É nele que os primeiros insights são coletados, e com equipes pequenas e focadas é feita a definição do quadro geral. Compreende-se o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se nas mesmas circunstâncias. Mas não apenas isso, é preciso entender as suas experiências, contextos e caminhos de vividos. Essa fase pode ser feita a partir de ferramentas como entrevistas, mapeamento da experiência e mapa da empatia.

Ideação

O segundo pilar, é a Ideação, ou colaboração. Aqui, os insights gerados se tornam soluções e oportunidades para obter o resultado esperado no escopo do projeto. Esse processo é composto de vários grupos que passam por diversos workshops com objetivo de que, em conjunto, a partir das suas experiências especificas, encontrem uma solução que atenda toda a necessidade. Nesse processo, destacam se ferramentas como o brainstorming, co-criação com os clientes como soma de experiências. Ou matriz de alinhamento, que conta com três categorias: certezas, suposições e dúvidas, visualização e criação de personas ( Perfil completo do cliente).

Prototipação

O terceiro e ultimo pilar é a prototipagem, que aumenta a velocidade do processo de inovação e acontece intuitivamente. Muitas pessoas não chegam a esse ponto.

Eles pensam que devem diminuir a velocidade e que é preciso pensar antes de fazer e colocar uma ideia em pratica. Mas na realidade, quanto mais rápido você executa, mais rápido a ideia é colocada no mundo real. Ao testar rápido, mais rápido você aprende sobre, melhora e chega numa ideia final que realmente vai funcionar.  Prototipar é essencial!

A oportunidade

Um grande problema é que e quando se trabalha em grandes companhias, as coisas são lentas, o que não deveria ser. Levando em conta os grandes recursos financeiros e intelectuais que as companhias têm a disposição, eles são tartarugas. Isso abre uma oportunidade para empreendedores criarem algo disruptivo a partir da metodologia, pois, apenas através da velocidade que eles chegam a um processo interativo de prototipagem.

Restrições do Design Thinking

Não podemos esquecer que, o design thinking trabalha a partir de três restrições principais. Essas devem ser respeitadas e são importantes fatores para o sucesso da aplicação da metodologia em questão. São parte de uma tríade que tem como ponto comum a inovação e o equilíbrio.

Praticabilidade

Baseia-se no fato que o projeto deve ser pratico e funcionalmente possível de ser executado em um futuro próximo. Ou seja, deve se perguntar se há tecnologia disponível para realizar o projeto.

Viabilidade

A viabilidade se envolve mais no sentido financeiro. O negocio ou solução que está sendo proposto deve ser rentável financeiramente, sustentável em longo prazo e mais vantajoso do ponto de vista da escolha do projeto em relação a outros no momento da aprovação.

Desejabilidade

A ultima e mais importante restrição é a desejabilidade. É a ideia proposta ser desejada pelo cliente. Ela tem que ter como requisito principal solucionar um problema do cliente, fazendo sentido para o mesmo. Portanto, ele deve ter suas necessidades enxergadas a fundo ao longo do projeto.

O novo ambiente: Sucesso do Design Thinking

No inicio do século a industria tinha um papel de venda e as pessoas do consumo, do desejo. Era uma época que a propaganda tinha parte importantíssima no processo de venda. Hoje, a realidade é completamente diferente, uma propaganda não é mais o suficiente para alcançar a venda do produto. O mais importante se tornou gerar envolvimento das pessoas com o produto, com a marca. Criando então significado e valor ao que se vende. É a era da experiencia!

Por tanto, não é difícil entender porque a metodologia que coloca os stakeholders e sua satisfação como objetivo final esteja tão em evidencia. O design começa pensando nas pessoas, isso muda a relação de como os problemas são resolvidos e a velocidade para soluciona-los. O Design thinking se aproveita de uma frase que é tão atual quanto a metodologia: FOCO NO CLIENTE!

E o Design thinking pode te ajudar a inovar com esse foco!

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