Eu nunca gostei de aniversários, e nunca dei importância a muitas outras datas importantes. Mas hoje me peguei refletindo sobre algumas coisas, e gostaria de compartilhar minhas visões e paranoias.

Já parou para pensar quantas pessoas extraordinárias existem hoje? E quantas nasceram no mesmo dia que você? E quantas passaram pela terra com tamanha relevância, a ponto de serem lembradas século após século? São poucas, pouquíssimas. E isso tem um motivo muito simples: ser medíocre é muito mais fácil do que ser extraordinário. E para para pra pensar, pra ser medíocre basta entregar o combinado! É só viver a sua vidinha, com seu empreguinho, seus amiguinhos, seu futebolzinho, seu churrasquinho de domingo… Enfim, basta aceitar onde você esta, se acomodar.

Já o extraordinário, o foda, é beeeeeem diferente. ele se dedica toda uma vida a um proposito especifico, ele não vacila, ele trabalha todos os dias em pró do seu objetivo.

E eu não acredito em “Deixe a vida me levar”, EU QUERO SER DIFERENTE, EU QUERO MAIS. Quero tomar as rédeas da vida, remar contra maré, fazer tudo com um objetivo maior, não importando a dificuldade ou meta que eu coloquei a mim mesmo. Não me conformo em ser mais um profissional, e não gosto de ser mais um em nada que eu faço. Mediano pra mim só ser for uma fase passageira. Não importa os sacrifícios que forem necessários, eu vou além.

Eu acredito em enxergar os obstáculos como professores. Acredito que cada uma das adversidades que enfrentamos nos ensina muito, e que nenhum livro ou curso vai transmitir esse tipo de coisa. Nada disso se lê, ouve ou assiste: isso se vive. Tombo após tombo, os obstáculos vão ensinando qual o melhor caminho a seguir. E se tem uma coisa que eu faço, é cair. EU CAIO MUUUUITO!

Duas competências foram fundamentais para a minha vida até aqui: a antifragilidade para suportar e melhorar diante as dificuldades e a capacidade de ser um eterno aprendiz.

Sem a primeira, eu seria mais um zé, que viveria aprisionado na minha vida meia boca, fragilizado e traumatizado demais pelas pancadas sucessivas da vida para me aventurar fora da zona de conforto. A segunda é a capacidade de seguir aprendendo. Jamais chegaria onde estou, pois foi à fome de conhecimento me permite conquistar uma qualidade de vida cada vez melhor.

Dizem “é solitário no topo”, e deve ser mesmo. Não que eu esteja lá, bem longe disso.

Ainda estou enfrentando os obstáculos da subida, estou na base, mas imagino que sejam realmente poucos os que chegaram “lá”. Justamente porque, para chegar, é preciso estar disposto a conquistar com unhas e dentes o seu sonho, e abrir mão de muita coisa. São poucos os dispostos a largar o comodismo, a buscar e reconhecer o seu próprio potencial, e é isso que torna o topo ainda mais vazio. Abrir mão de tempo, de amores e lazer é difícil, mas eu vou abrir mão de tudo se for preciso.

Eu escolhi não ser apenas mais um. e enquanto eu não atingir o topo, não quero parabéns. Por enquanto, sou apenas mais um.