Eu nunca fui bom em matemática, no ensino médio sempre ficava estudando sozinho para as provas de recuperação. E pode acreditar, foram muitas. E quando me formei, a decisão estava tomada, nunca mais esbarrar com a matemática. Eu iria evitar qualquer lugar que tivesse um sinal de mais ou menos por aí. Como fui ingênuo, obviamente não foi assim que aconteceu.

FUGINDO (OU NÃO) DA MATEMÁTICA

No início foi fácil, mas foi só tentar empreender que ela voltou a cena. Mas resumindo isso tudo, 3 anos depois, aos 20 anos, bastante nervoso e pressionado pelo tempo sem estudar, estava eu me matriculando em economia. E para quem não conhece, economia, principalmente na IBMEC (faculdade onde um dos fundadores é o ministro Paulo Guedes), tem uma grade curricular recheada de calculo, estatísticas e teorias matemáticas aplicadas.

Está prevendo o desastre? Pois é, no começo foi bastante complicado. Minha turma estava lotada de recém-formados, todos eles beeeem inteligentes (acima da média). Eles pareciam aprender tudo com muito mais facilidade e rapidez do que eu, e isso me frustrava bastante.

Cheguei a procrastinar, desistir diversas vezes. Só que eu sempre voltava para tentar novamente. Conforme fui adquirindo conhecimento técnico, estudando toda a base do conteúdo, as coisas começaram a melhorar, e a situação começou a mudar. Acabei mudando de curso, a matemática não teve nada com isso, a administração tinha uma grade bem parecida, eu não tinha me livrado de nada, se é isso que você está pensando.

Bom, o fato é que eu não tinha facilidade nesse tipo de matéria, nenhuma facilidade. Mas só estudando todos os dias, repetindo os conceitos, treinando com exercícios, voltando aos fundamentos (aqueles do ensino médio e fundamental), que eu deixei a fase do medo para trás.

Toda essa trajetória me trouxe um questionamento:

Porquê as disciplinas que envolvem matemática e ciência são mais difíceis?

Talvez seja porque não existe nada para você usar como analogia na matemática e na ciência, diferente de outros assuntos. Você não vai encontrar sinais de adição na rua, conceitos da área cientifica muito menos. Ou seja, são mesmo abstratos, pelo menos pra mim.

“Mas e quanto a palavras como amor, entusiasmo ou esperança? Essas são todas abstratas!”

Sim, mas esses termos estão relacionados às nossas emoções, que podemos sentir, mesmo sem velas. E mais, ainda conseguimos compara-las a algo tangível.

Onde eu quero chegar com essa historia, é que para aprender esses dois temas, é muito importante praticar, estudar, repetir. A constancia ao ver o conteúdo é essencial, pois isso ajuda a fortalecer e realçar as conexões neurais que estão sendo feitas ao longo do tempo, eles tornam-se ligados uns aos outros graças a repetição.

PRÁTICA LEVA A MELHORA

Quanto mais abstrato for aquilo que você está aprendendo, mais importante é praticar, usar novos métodos para aprendizagem e trazer esses conceitos para sua realidade. E mesmo abstrato, os padrões neurais vão ser criados e você terá mais facilidade a longo prazo.

De forma pratica, quando você começa alguma coisa, resolve algum problema, um padrão neural surge, só que ainda é muito fraco. Se você resolver o problema sem consultas, você intensifica aquele padrão neural, quanto mais vezes você faz, melhor e mais forte ele é.

E quando esse problema é dominado, você consegue resolver não só ele, mas algo semelhante, o padrão se torna permanente.

No processo de aprender, acabamos estudar bastante e nos concentrando de forma intensa. Por isso, fazer uma pausa, ou mudar o foco para um outro assunto por um determinando período é importante. Durante o período que relaxamos entramos no modo difuso, que trabalha com aquela percepção do todo para ajuda-lo na compreensão do conceito ou problema.

FERRAMENTA POMODORO

Caso você tenha problemas de procrastinação, essa é a hora de usar a Ferramenta Pomodoro. Essa ferramenta sugere períodos de foco com duração estipulada para ajuda-lo a prosseguir com atenção total. Dessa forma é possível construir os padrões neurais necessários para concluir os desafios do aprendizado, mesmo que eles estejam ficando mais difíceis ao longo do tempo.