Apesar de ser uma poderosa ferramenta, o Design Thinking não resolve todos os tipos de problema. Por tanto, é preciso identificar os tipos de problemas para os quais o Design Thinking é realmente adequado e os problemas para os quais as ferramentas tradicionais de análise são as mais indicadas.
É preciso então separar os problemas entre mistérios (maldosos) e quebra cabeças (dóceis) para relacionar ao design. Essas 2 definições são importantes pois há uma grande diferença na forma qual usamos para resolver esses tipo problemas.
Os problemas dóceis, ou quebra-cabeças, são aqueles bem definidos, ou seja, sabemos qual é o problema. Normalmente temos dados bem relevantes e podemos determinar a sua causa e efeito. Então, usamos com sucesso os processos lineares de resolução, dados existentes e pensamento convergente para chegar a uma respostas.
Já em problemas maldosos, ou mistérios, costuma ser difícil para os envolvidos até mesmo concordar em qual é o problema, sendo impossível então concordar com qualquer solução que seja proposta em reunião. Mesmo com grande numero de dados, esses não são claros ou relevantes, levando a um ambiente complexo, fazendo com que seja impossível prever causa e efeito a partir deles. Os problemas maldosos levam apenas a uma direção, a um pensamento divergente com experimentação para saber se algo realmente vai funcionar.
Para exemplo, podemos citar o sistema de saúde como um problema maldoso. Há governantes tentando resolver o problema como se fosse algo simples, linear e a partir de analise de dados, ou seja, como um problema dócio. Mas nunca chegou-se perto de uma solução.
Classificando os problemas
Para diferenciar esses dois tipos, podemos realizar uma classificação, fazendo perguntas essenciais para maior precisão.
A primeira delas é:
Esse problema está centrado em pessoas?
Métodos analíticos lineares podem ser melhores se houver poucas pessoas envolvidas no problema ou na solução. E como sabemos, o Design Thinking é esta intimamente ligada a um entendimento profundo das pessoas, que são colocadas no centro do processo, por tanto, se o problema está centrado em pessoas, é um indicio que o design thinking deve ser usado.
Uma segunda questão é:
Você entende realmente qual é o problema?
Se é preciso descutir e construir um debate para definir qual é a definição real do problema, o Design Thinking se torna um método apropriado. Por outro lado, se entendemos o problema claramente e temos certeza de que estamos resolvendo o problema certo, métodos lineares e pensamento convergente podem funcionar melhor.
Outra pergunta importante é:
Qual é o nível de incerteza? Há dados relevantes?
Se há muitas variáveis desconhecidas e se dados passados dificilmente vão nos ajudar, o Design Thinking é apropriado. Mas se os dados que você obteve podem fornecer previsão e insights relevantes, a analise tradicional se torna mais adequada e relevante.
Conclusão
Entendendo que o Design thinking é ideal para a resolução do problema, é preciso colocar o método em pratica. Não esquecendo das restrições do modelo e dos seus pilares essenciais, o Design thinking poderá ser aplicado da forma correta.
COMPRE: Design Thinking: Uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias